Feita intuitivamente buscando a redução de resíduos e melhoria do lado espiritual
Por Bélgica Medeiros l Foto: Cristina Costa
O biólogo recém-formado Rafael Miranda trabalha na rua há apenas alguns meses, e expõe para venda peças artesanais que são produzidas de forma muito intuitivas. Procurando trabalhar o lado sustentável e o lado espiritual, que vem do hindu.
As peças são carteiras feitas a partir de reciclagem de caixa de leite, mandalas, amuleto de chakras e a geometria sagrada flor da vida.
Seus projetos são inspirados na filosofia Akasha do hinduísmo que ele nos explica “é a memória de todo o universo, para toda criação ele consulta Akasha. Então o termo vem de registros akáshicos isso em sânscrito na cultura hindu”.
Ele largou um trabalho fixo como vendedor de sapatos no Shopping Paulista, pois preferiu investir em algo que fosse dele, uma ocupação boa o suficiente que não houvesse a necessidade de ver o tempo passando tão devagar e garante. “Na loja eu ficava esperando a hora passar. Aqui eu falo nossa eu já tenho que ir embora?”.
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Sobre vender produtos reciclados ele diz que “ Para eu que faço é muito gratificante, pego várias caixas de suco e leite numa sacola grande e quanto o material está pronto consigo colocar tudo numa caixa de sapato. Olha o quanto que consigo reduzir”
Enxerga isso inclusive como uma resposta a faculdade de biologia e explica “Não existe lixo. Existe algo que não serve mais para você. As pessoas resolvem jogar fora, mas não existe jogar fora, joga-se dentro”.
Nunca sofreu preconceito ou alguma agressão enquanto estava expondo, mas fora do circuito já ouviu comentários nada agradáveis do tipo “ isso é preguiça de trabalhar, de arrumar um emprego” .
Na ocasião não calou-se e defendeu a sua posição “ Pô cara, é o trabalho dele, todo dia ali, como ele está fugindo de trabalho? Só por que não esta engravatado? Não tá no ciclo social?”
Na ocasião não calou-se e defendeu a sua posição “ Pô cara, é o trabalho dele, todo dia ali, como ele está fugindo de trabalho? Só por que não esta engravatado? Não tá no ciclo social?”
Porém, nas calçadas da Paulista existe certa rivalidade por espaço. Um local onde há uma família instalada, o artesão que chega vendendo mais barato pode ser expulso, o pensamento é que ao invés da pessoa dar um valor maior pelo trabalho deles, vai preferir pagar menos em outra peça.
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