Casal de malabares conheceu-se na rua e viajam pelo Brasil mostrando a arte deles
Por Bélgica Medeiros l Fotos: Cristina Costa
Heitor Salomão de 26 anos, foi iniciado nas artes de rua por um malabares que o viu entregue ao mundo das drogas e decidiu ajudar “Eu tive um problema com as drogas e quem me ajudou nessa época foi o cara que me ensinou malabares o Marcos Cebola. Ele me levou para uma chácara onde morava na época, mostrou uns truques, me ajudou com as drogas e estou ai!”, conclui.
Há três anos continua repassando essa corrente do bem, sempre que alguém quer aprender ele ensina e às vezes troca truques de malabarismo com colegas artistas de rua.
Foi nesse ambiente que Thais Morais de 24 anos, que não era artista de rua o conheceu em Curitiba “Eu tenho casa, mas eu conheci ele na rua. Saímos para beber juntos e vim para São Paulo com ele”, conta.
Heitor completa “Fazem três semanas que a gente se conheceu, no terceiro dia chamei ela para vir a São Paulo e ela veio”.
Thais agora se pinta de palhaça e arrisca algumas artimanhas das artes circenses para garantir um dinheiro.
Porém nem tudo são flores. O casal conta que durante a noite foram agredidos por skinheads “chegamos em São Paulo e tivemos um problema, ela levou 5 pontos no supercílio, a gente apanhou de soco inglês. Foram poucos machucamos, mas como eu revidei vou ter que responder inquérito também”.
Ele não tem nenhuma formação acadêmica e mesmo com esse acontecimento não pensa em desistir desse modo de vida, que é de onde tira dinheiro para sustentar-se.
O malabares viaja o país inteiro com o dinheiro que ganha nas ruas, tanto que confessa ter perdido um pouco do sotaque original da região sul do Brasil “perdi já o ‘ti’ e o ‘tu’ que eu falava muito antes”.
Ao lado da Thais escolheu vir para a capital paulista, pois além de não conhecer tem contatos com algumas pessoas de outras cidades que estão instaladas aqui. Tentaram ir para o Rio de Janeiro, mas como faltou dinheiro tiveram que voltar.
Os planos agora são outros como declara Heitor “agora estou indo para Joinville apresentar ela para a minha mãe, para a minha família”.






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