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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Cia Peripécias de Teatro de Rua

Com Edward Diniz e Sérgio Luiz
Por Catia Reis l Foto: Divulgação

Edward Diniz, 42 anos é ator há 16 anos e palhaço há 10. Em 2001 fundou a CIA Peripécias de Teatro de Rua com um amigo que na época estudava teatro na Itália. Mora em São Caetano do Sul, região do ABC Paulista. Hoje, junto com seu amigo Sergio Luiz, formam uma dupla de palhaços que tem como objetivo levar a arte de rua por meio do circo em espaços não convencionais.

Sergio Luiz, 33 anos, ator e palhaço, reside na Zona Norte de São Paulo. Começou neste ano de 2014 a produzir e integrar a CIA junto com Edward. “Estamos esse ano com um estudo para a arte voltada para espaços não convencionais. Não temos nada concreto, vamos procurar locais além da rua, só pela diversão sem intuito politico nenhum”, diz Sergio.

Os dois se conheceram na Palhaceata (uma passeata de palhaços) que acontece uma vez por ano na Avenida Paulista. A partir dessa passeata decidiram reunir as ideias, não só trabalhar com o público de rua como em locais fechados.
O que diferencia o trabalho da dupla de palhaços dos demais é o improviso. “Cada peça tem um roteiro, o roteiro é sempre o mesmo, dentro desse roteiro improvisamos as ações. Com o palhaço tudo pode acontecer, apesar do roteiro, na hora vão acontecendo coisas que muda tudo”, diz Edward.

“Às vezes com a participação do público, retiramos em alguns momentos o telespectador para participar das apresentações. Vamos para rua para aguçar esse improviso. A rua é um espaço pra saber o que funciona ou não funciona”, conclui Sérgio.
Os temas abordados para cada espetáculo é palhaçaria clássica, ou seja, números tradicionais de circos. Apesar de ser um conceito já trabalhado por vários palhaços, cada um tem sua particularidade. “Um palhaço nunca é igual ao outro” diz Edward.

Para esses dois incansáveis palhaços, o teatro de rua é onde está a verdadeira  função social. Edward diz: “O teatro de rua é que faz o povo pensar, refletir em algo. Hoje quem vai às peças teatrais em locais fechados é um público especifico, a rua é mais democrático todos veem”.

Edward ainda acrescenta: “outro fato, quem está acostumado com as apresentações no teatro, ali tem o que chamamos de caixa preta, tem inúmeras proteções para os atores, nível do palco é mais alto para manter uma distância da plateia, luz adequada para o ambiente. Na rua não existe nenhum tipo de proteção. Nem sempre quem é bom no palco vai ser bom na rua, agora quem consegue ser bom na rua é bom em qualquer lugar”. 

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