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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Uma vida transformada pela arte

Conheça o artista Everton e sua história de superação
Por Catia Reis l Fotos: Cristina Costa
O desenho virou um elemento na minha vida, é a metade da minha história, e a rua só
me ajudou a completar o restante da meta.
Ele tinha tudo para continuar no caminho errado, aquela fase de rebeldia adolescente não pertence mais ao jovem Everton Melo, pintor e grafiteiro. Sim, ele viveu essa crise como muitos outros jovens. Hoje aos 26 anos, trabalha nas ruas onde expõem suas obras em telas e azulejos ao lado do amigo e artista plástico Roger Amaral, que o conheceu enquanto passava na rua e viu suas exposições. Foi Roger quem o convidou para que juntos pudessem divulgar suas obras em um local especifico.

Everton não tem formação superior, porém destaca que desde pequeno gostou de desenhar, começou com mangá ( desenho no estilo japonês), carros, todos em folhas de papel simples. O pai o incentivava a desenhar, mas Everton tinha o sonho da maioria dos meninos, ser jogador de futebol. Com o tempo, percebeu que desenhar o fazia sentir-se bem. Ele diz: “O desenho virou um elemento na minha vida, é a metade da minha história, e a rua só me ajudou a completar o restante da meta”.

Na adolescência fez um curso básico de desenho, porém não concluiu. “Essa foi uma época que eu não tinha interesse de levar nada a sério, só queria zoar e curtir. Eu me influenciei no mundo pessimamente”.

Essa foi uma fase difícil, onde teve que enfrentar várias barreiras, entre elas a rebeldia e os conflitos constantes com o pai. “ Ninguém fica em pé pra ensinar se não sentar pra aprender, eu não tinha paciência, foi então que comecei a morar na rua, fiquei pouco tempo, uns cinco meses”, diz Everton. Ele ainda relata que foi influenciado a usar drogas. “ Costumo dizer que na minha vida tive sete vícios, que corroeram a mim, meu talento e minha família ao ponto de me afastar delas. Eu que era o certo, queria a minha independência”. 

Ele fala com carinho de seu primeiro trabalho. “Ficou bacana, eu gosto de explorar o realismo, eu via uma imagem e gostava de fazer exatamente como era. Depois comecei a usar a técnica no azulejo”. Além da pintura, começou a grafitar e usar o realismo, até em camisetas, “foi por etapas”, diz.

Hoje casado e pai de uma menina de 2 anos, se define como responsável e fazendo aquilo que mais gosta, ele diz: “Faço o meu trabalho com amor, gosto do que faço. Hoje aquela tristeza do passado, se transforma em alegria no meu presente. Consigo  expor meus sentimentos em meus desenhos, é uma forma de aniquilar os meus problemas”.

Confira Everton detalhando o tigre que está pintando:


2 comentários:

  1. A arte e capaz de realizar muitas transformações na vida de um ser tá aí um prova viva q é possível mudar com a arte e pela arte

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  2. Alguns dizem que a arte não vale nada ,mas estão enganados por que a arte hoje em dia já mudou a vida de muita gente .

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