25 anos de estrada com muito rock'n'roll
Por Bélgica Medeiros l Foto: Cristina Costa
O músico Nando Lynch, 54 anos, toca na rua há mais de 25 anos. Começou a tocar em Buenos Aires, nos anos 80, na época a Argentina era considerada um país de 1º mundo e era fácil faturar uma boa grana tocando na rua "Comecei a tocar em Buenos Aires, em 85, era um pais de primeiro mundo, era legal, agora quebrou. Ganhava na rua, sacolas e sacolas de grana, porque é mais cultural do que aqui" conta.
Aos 15 anos sua mãe lhe deu um violão de presente, a partir disso começou a treinar sozinho em casa, tirando canções clássicas do rock'n'roll. Mas, assume que o seu grande influenciador foi o pai, um tocador de acordeon "Meu pai, já faleceu, mas ele tocava acordeon e isso me influenciou muito".
Simultaneamente à música, já foi professor de inglês, dava aulas particulares na casa das pessoas, porém deixou de lecionar por achar uma rotina muito estressante, acordar cedo, ir até a casa da pessoa, depender da disponibilidade dela para dar a aula. Por isso, decidiu deixar a profissão de professor de lado e dedicar-se somente a música.
Quando acabou o ensino médio, não quis continuar a vida acadêmica, preferiu viajar, porque para ele a música preenche mais, é mais forte do que ir todos os dias à um escritório e abrir mão da sua liberdade.
Com as malas feitas e o violão nas costas, tocou nas ruas de vários cantos do mundo, começou por Buenos Aires, depois Estados Unidos, Londres e Madri.
Na rua Nando prefere tocar sozinho, pois em conjunto com vários instrumentos faz muito barulho.
Fora do circuito das ruas, já tocou no Terraço Itália, no Clube Homs, no Zaiz, em festas de formatura, bares e bailes. Com algumas bandas, como a Extremos que toca um pouco de tudo, samba, pop, bailinhos, e a Netuno que é mais segmentada para o rock.
Seu repertório além de músicas compostas por ele, é repleto de músicos músicos clássicos Beatles, Pinkfloyd, Black Oak Arkansas, Bad Company, entre outras. Sobre suas preferencia pelos clássicos declara "Essas coisas de agora, não têm criatividade, letra ou melodia, não tem nada".
Suas composições são todas em inglês, a língua que ele acredita conseguir se expressar melhor, não só escrevendo como cantando "Em português não consigo me expressa, minha voz muda, não se encaixa, fica diferente"
Além do violão, que é a sua paixão, toca outros instrumentos como, bateria, flauta, gaita e pandeiro.
Nesse seu tempo de carreira, antes da prefeitura liberar tocar nas ruas, já viu muitos amigos se envolvendo em brigas com a policia, por ser pego ou confiscado para não tocar em vias públicas.
Atualmente, aos 54 anos, mora na região da República no centro de São Paulo, mas têm planos de ano que vem, voltar para Londres e passar pela França, já que adora os vinhos de lá e está aprendendo a língua local.Veja Nando Lynch tocando R.E.M:







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