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Sobre Atores e Palhaços

domingo, 2 de novembro de 2014

Fernando Loko

Além das viagens de ônibus e das calçadas das ruas
Por Bélgica Medeiros l Fotos: Cristina Costa

“Boa tarde a todos, senhoras e senhores, permitam-me apresentar! Meu nome é Fernando, estou aqui em nome do bom e velho rock'n'roll para garantir um pouco de entretenimento para todos vocês, espero que gostem”.
Conhecido nas ruas como Fernando Loko, era assim que esse artista de 25 anos, se apresentava nos ônibus para tocar seu violão e garantir um dinheiro ao final do dia. Chegava a tocar de 10 à 11 horas até arrecadar R$100 e poder voltar para casa.
Fernando é artista de rua há 7 anos e há 1 ano e meio montou uma banda, chamada Evil Surf, com os amigos, Henrique e Tomy.
Em Itanhaém, onde morava, começou a tocar violão aos 10 anos com revistas de cifras.
Com 14 anos, entrou no conservatório “A Casa da Música” e ficou lá até os 18 anos, depois continuou estudando sozinho com os vídeos na internet.
Seu principal mestre foi músico Paulo de Tarso, guitarrista da banda Mavericks 76 "O Paulo foi um mestre, um pai para mim. Tudo que sei, aprendi com ele".
Porém, foi ao assistir o filme A Encruzilhada, lançado em 1986, que sentiu o chamado das ruas. O longa conta a história de um guitarrista que está em busca do sucesso "Eu já era músico quando assisti ao filme, e foi o empurrão, o impulso para virar artista de rua".
Em casa sofreu um pouco de repressão, pois ninguém concordou com sua escolha de tornar-se um artista de rua. Mas, Fernando preferiu confiar em seu espírito aventureiro saindo de Itanhaém para a cidade de São Paulo tocar "Eu era de Itanhaém e larguei tudo, namorada, emprego, escola e amigos. Vim para São Paulo, morei um tempo na rua, mas sempre com a ideia de virar artista de rua na cabeça".
Tocou sozinho em ônibus, nas ruas da Praça da República e na Avenida Paulista até montar a banda.
Atualmente, tem um filho de 1 ano de idade e mora com a avó, que, segundo ele, não aguenta mais ouvir o som da guitarra nem do violão.
Após as apresentações nos ônibus, Fernando finalizava:
"Pessoal muito obrigado a todos. O músico vai passar o chapéu, quem puder colaborar com qualquer quantia para poder ajudar um mero artista de rua, eu ficarei agradecido de verdade, aqueles que não puderem colaborar, não tem problema, a presença de todos vocês foi muito importante para mim durante essa viagem".
Confira Fernando tocando:


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