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Sobre Atores e Palhaços

domingo, 2 de novembro de 2014

Evil Surf

Na brincadeira, no ensaio, no improviso é tudo rock'n'roll
Por Bélgica Medeiros l Foto: Cristina Costa

Fundada há um ano e meio pelo guitarrista Fernando Loko, a banda Evil Surf conta com três integrantes. Fernando Loko como guitarrista, Henrique Bernardes, como baterista e Tommy Headon como baixista.

Por não achar um baixista que tocasse à sério, a banda passou por cinco formações até chegar na composição atual. E então encontraram Tommy, que já tinha experiência da arte de rua desde a Irlanda, seu país de origem. Porém, a banda espera passar por mais transformações, já que estão à procura de um vocalista.

O repertório deles ao tocar na rua é montado a partir de 30 músicas, a maioria cover de bandas de rock'n'roll como Led Zepelin, Rolling Stones e Red Hot Chilli Peppers, fora isso, eles tocam algumas composições próprias.

Tudo começou na brincadeira, até que foram tocar na rua. Fernando conta que não há espaço para eles ensaiarem, sendo assim, tocam na hora, completamente no improviso "a gente nunca ensaiou, é tudo improviso, e convivência. Começou na brincadeira, começamos a repetir essas brincadeiras, nem sempre o som é perfeito, mas quando sai, é legal".
Mas, esse improviso faz sucesso.A calçada próxima à estação de metrô Consolação fica abarrotada de gente, prestigiando a banda. O que complica são os instrumentos, que, por já estarem gastos, não permitem que o som saia perfeito. 

Outro detalhe são os amplificadores que não são valvulados e pegam sinal das antenas de rádios que ficam próximas à Avenida Paulista "nossos amplificadores nem valvulados são, é uma porcaria, pega sinal de rádio. Estamos tocando e começa a pegar Tupi FM, Nativa FM, porque nosso material de trabalho não é o melhor. Tentamos fazer um milagre todo dia".

Por serem uma banda e a estrutura de som ser maior, guitarra, bateria e baixo, já foram repreendidas várias vezes pelo barulho que fazem. Algumas pessoas até já chamaram a polícia para fazer eles pararem de tocar "Vira e mexe tem sempre alguém que chama a polícia. Por que o som está alto, está incomodando, ou argumentam que a gente aglomera pessoas demais, o que atrapalha a passagem".


Além das imediações da Avenida Paulista, já tocaram em casas noturnas e em Paranapiacaba em um Camping chamado Simplão. Mas, o acontecimento que mais marcou a banda, foi no carnaval desse ano, quando decidiram tocar na praça central de Itanhaém para um público de mais de 4 mil pessoas.

"Descemos com todos os equipamentos, sem dinheiro para voltar, sem dinheiro para comer, só com a roupa do corpo. Fomos para Itanhaém, dormimos na praia. Mas, fizemos um puta show No centro da cidade tem uma praça e estava lotada de gente e nós fizemos um som".

Confira a banda tocando:



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